Eu amo videogames. Puta que o pariu, como eu amo! Desde um pequeno pimpolho eu me vejo com um controle nas mãos cultivando uma LER que viria a se manifestar mais tarde. Quando terminei Super Mario World pela primeira vez, tive meu primeiro orgasmo. Não sei se eu prefiro videogame ou sexo. Acho que na visão de uma mulher pelada e um Wii com Guitar Hero ligado eu morreria no meio como um asno de Buridan, incapaz de escolher.
Há muitos jogos bons, é verdade. Um exemplo já citado é o Super Mario World, um similar à primeira viagem de ácido da vida. Das gerações mais recentes, podemos citar o também já citado Guitar Hero, que trouxe o sonho de nerds metaleiros espinhentos à realidade. E, claro, mais alguns: Street Fighter, Mortal Kombat, Resident Evil, Battletoads, Contra, Sonic, International Super Star Soccer, Mario 64, etc.
Porém, na mesma medida em que há games bons que evoluem a cada nova geração, há problemas generalizados em jogos. Problemas irritantes e que nunca foram corrigidos. Problemas que existem desde que sua avó era virgem e jogava Telejogo na casa do seu avô. E eu, como gamer e consumidor, tenho que denunciá-los por aqui. Garanto que alguém já passou por situações semelhantes.
1) Dificuldade
Legal. Você começa com uma pistola. Vai matando zumbis ou qualquer sorte de inimigos malvados e consegue uma metralhadora. Depois uma bazuca. Quando você vê, já está com uma arma fodida que te faz soltar laser pelo orifício anal. Isso é legal. Agora, produtores, por favor: não tentem fingir que seus jogos são desafiadores por adicionar um (ou mais) dos itens abaixo.
Eventos arbitrários em RPGs: Ué, por que o Dark Elf não ta me esperando na porta do templo como ele disse que estaria? Porque eu não falei com todo mundo na porra da cidade ainda. Qual merda da relação causa-efeito disso? Nenhuma. Eu não tenho nenhum sentimento de recompensa por ficar executando uma operação repetidamente como um interno da APAE.
Falta de munição: Eu tenho uma arma. Deixe que eu a use! Não finja que o jogo é foda porque você me dá quatro balas pra matar um cachorro-zumbi de doze cabeças.
Fases finais desnecessariamente fodas: Certo, eu joguei 50 horas seguidas pra chegar nessa parte do jogo. Não me faça ver a tela de loading e então o filminho pré-chefão 75 vezes até que eu consiga mata-lo na 76ª tentativa. E não faça com que o único jeito de matar o chefão seja usar um ataque tão obscuro e específico que eu tenha que acessar o gamespot pra conseguir.
Ultra velocidade instantânea: Você está lá, jogando um jogo de corrida, vencendo, a pelo menos 800km de distância do segundo colocado e de repente – O QUE?? Vem um filho da puta e te passa como se tivesse esfregado pimenta no rabo e saído correndo. Eu sempre odiei jogos de corrida por isso.
2) Itens dos jogos
“Soldado, nós precisamos que você vá até as profundezas de uma instalação resgatar um cientista que está como refém de Satan e seus demônios. Aqui está sua pistola e oito pentes de munição. Boa sorte.”
Existe alguma lei que diz que eu tenho que começar sem nada daquilo prometido na capa de um jogo? Isso não é um jeito babaca de se estender a vida de um jogo? Naqueles jogos de tiro baseados inteiramente no desejo do uso de armas gigantes e fálicas, por que não começar com uma metralhadora e duzentos pentes de munição e partir daí?
Os jogos de corrida não ficam muito longe disso. Por que eu tenho que dirigir uma Kombi durante 30 horas só pra conseguir dinheiro pra comprar um Civic? Por que eu não posso ter todo o prometido logo de começo? Eu não fico feliz em “liberar” partes novas de um videogame porque eu já paguei dinheiro de verdade só pra dirigir a porra da Ferrari que tá na capa!
3) Loading...
Caralhos me fodam, por que a gente ainda tem telas de loading? O Gamecube não tinha e era um puta videogame. A porra do NES não tinha telas de loading. E isso foi a vinte anos atrás! Seriados na TV não têm loading. Filmes em DVD não têm loading entre as cenas. Os animais num zoológico não têm loading.
Sim, o hardware já consegue acabar com as telas de loading. Só que os produtores acham que isso não é importante.
Quando você tá entediado no trabalho, o que você joga? Paciência. Por quê? Porque você não precisa ficar 5 minutos procurando o CD, 5 minutos vendo anúncios pré-jogo e 5 minutos vendo telas de loading. Você clica e joga. Simples assim.
4) Imersão e a “mão invisível de Deus”
Se bons gráficos são necessários, é sempre bom lembrar para que eles servem: imersão.
Imersão significa desligar aquela parte do cérebro que nos lembra que não somos caçadores intergalácticos de recompensas ou atletas olímpicos. E é a mesma parte do cérebro que é violentamente acordada com uma bigorna de 200kg sobre seu saco quando nossa personagem no jogo bate em um “muro” invisível no meio do nada.
E tudo isso porque ele saiu da área de corrida. Eu entendo que é impossível ter espaço infinito, com seu snowboarder saindo pela pista no Chile e indo parar na Guiana Francesa. Mas, porra, ponha uma merda de um penhasco ou um montinho de neve ali! Montinhos de neve são sólidos. Ar não é.
O pior é que quase todos os jogos fazem isso. Em O Senhor dos Anéis: As Duas Torres, há uma fase de “saia da construção que tá caindo” na qual pedras caem e bloqueiam seu caminho sistematicamente. Por isso, a grande dificuldade da fase é que você não pode pular a porra de uma pedra que mede um picômetro de altura porque a porra do personagem não pula!
Ah, vai se foder. Imersão, meus filhos, imersão.
Há muitos jogos bons, é verdade. Um exemplo já citado é o Super Mario World, um similar à primeira viagem de ácido da vida. Das gerações mais recentes, podemos citar o também já citado Guitar Hero, que trouxe o sonho de nerds metaleiros espinhentos à realidade. E, claro, mais alguns: Street Fighter, Mortal Kombat, Resident Evil, Battletoads, Contra, Sonic, International Super Star Soccer, Mario 64, etc.
Porém, na mesma medida em que há games bons que evoluem a cada nova geração, há problemas generalizados em jogos. Problemas irritantes e que nunca foram corrigidos. Problemas que existem desde que sua avó era virgem e jogava Telejogo na casa do seu avô. E eu, como gamer e consumidor, tenho que denunciá-los por aqui. Garanto que alguém já passou por situações semelhantes.
1) Dificuldade
Legal. Você começa com uma pistola. Vai matando zumbis ou qualquer sorte de inimigos malvados e consegue uma metralhadora. Depois uma bazuca. Quando você vê, já está com uma arma fodida que te faz soltar laser pelo orifício anal. Isso é legal. Agora, produtores, por favor: não tentem fingir que seus jogos são desafiadores por adicionar um (ou mais) dos itens abaixo.
Eventos arbitrários em RPGs: Ué, por que o Dark Elf não ta me esperando na porta do templo como ele disse que estaria? Porque eu não falei com todo mundo na porra da cidade ainda. Qual merda da relação causa-efeito disso? Nenhuma. Eu não tenho nenhum sentimento de recompensa por ficar executando uma operação repetidamente como um interno da APAE.
Falta de munição: Eu tenho uma arma. Deixe que eu a use! Não finja que o jogo é foda porque você me dá quatro balas pra matar um cachorro-zumbi de doze cabeças.
Fases finais desnecessariamente fodas: Certo, eu joguei 50 horas seguidas pra chegar nessa parte do jogo. Não me faça ver a tela de loading e então o filminho pré-chefão 75 vezes até que eu consiga mata-lo na 76ª tentativa. E não faça com que o único jeito de matar o chefão seja usar um ataque tão obscuro e específico que eu tenha que acessar o gamespot pra conseguir.
Ultra velocidade instantânea: Você está lá, jogando um jogo de corrida, vencendo, a pelo menos 800km de distância do segundo colocado e de repente – O QUE?? Vem um filho da puta e te passa como se tivesse esfregado pimenta no rabo e saído correndo. Eu sempre odiei jogos de corrida por isso.
2) Itens dos jogos
“Soldado, nós precisamos que você vá até as profundezas de uma instalação resgatar um cientista que está como refém de Satan e seus demônios. Aqui está sua pistola e oito pentes de munição. Boa sorte.”
Existe alguma lei que diz que eu tenho que começar sem nada daquilo prometido na capa de um jogo? Isso não é um jeito babaca de se estender a vida de um jogo? Naqueles jogos de tiro baseados inteiramente no desejo do uso de armas gigantes e fálicas, por que não começar com uma metralhadora e duzentos pentes de munição e partir daí?
Os jogos de corrida não ficam muito longe disso. Por que eu tenho que dirigir uma Kombi durante 30 horas só pra conseguir dinheiro pra comprar um Civic? Por que eu não posso ter todo o prometido logo de começo? Eu não fico feliz em “liberar” partes novas de um videogame porque eu já paguei dinheiro de verdade só pra dirigir a porra da Ferrari que tá na capa!
3) Loading...
Caralhos me fodam, por que a gente ainda tem telas de loading? O Gamecube não tinha e era um puta videogame. A porra do NES não tinha telas de loading. E isso foi a vinte anos atrás! Seriados na TV não têm loading. Filmes em DVD não têm loading entre as cenas. Os animais num zoológico não têm loading.
Sim, o hardware já consegue acabar com as telas de loading. Só que os produtores acham que isso não é importante.
Quando você tá entediado no trabalho, o que você joga? Paciência. Por quê? Porque você não precisa ficar 5 minutos procurando o CD, 5 minutos vendo anúncios pré-jogo e 5 minutos vendo telas de loading. Você clica e joga. Simples assim.
4) Imersão e a “mão invisível de Deus”
Se bons gráficos são necessários, é sempre bom lembrar para que eles servem: imersão.
Imersão significa desligar aquela parte do cérebro que nos lembra que não somos caçadores intergalácticos de recompensas ou atletas olímpicos. E é a mesma parte do cérebro que é violentamente acordada com uma bigorna de 200kg sobre seu saco quando nossa personagem no jogo bate em um “muro” invisível no meio do nada.
E tudo isso porque ele saiu da área de corrida. Eu entendo que é impossível ter espaço infinito, com seu snowboarder saindo pela pista no Chile e indo parar na Guiana Francesa. Mas, porra, ponha uma merda de um penhasco ou um montinho de neve ali! Montinhos de neve são sólidos. Ar não é.
O pior é que quase todos os jogos fazem isso. Em O Senhor dos Anéis: As Duas Torres, há uma fase de “saia da construção que tá caindo” na qual pedras caem e bloqueiam seu caminho sistematicamente. Por isso, a grande dificuldade da fase é que você não pode pular a porra de uma pedra que mede um picômetro de altura porque a porra do personagem não pula!
Ah, vai se foder. Imersão, meus filhos, imersão.
5) Barreiras arbitrárias
Sério: sumam com elas.
Não me mostre minha personagem fazendo cair meteoros do céu e soltando magias que matam um demônio-dragão gigante de três cabeças que expele ácido muriático e depois me façam andar uma caverna inteira procurando uma chave pra abrir uma portinha de madeira que parece que pode ser derrubada com um vento forte. Que seja uma porta grande, uma porta mágica, beleza, mas não faça uma porta arbitrária que só abre com a chave certa porque é isso que o enredo do jogo pede.
Aliás, não me deixe com 500kg de explosivos na mão, 3 tipos de lança-mísseis e um canhão de fusão nuclear e ainda assim faça com que cada vidro no cenário seja virtualmente inquebrável. Era legal atirar latinhas deixadas em cima das mesas no Doom III. Mas daí eu atirava na revista que tava do lado e num acontecia nada, nem umamarca da bala. Façam ambientes que de fato reajam às ações da minha personagem! Isso também é imersão, seus filhos da puta!
Adaptado de forma marxdecuéhegeliana de: http://www.cracked.com/article_15748_gamers-manifesto.html
Achei esse texto em uma comunidade do orkut de nome, Marx de cu é Hegel lá eles debatem assuntos relevantes (as vezes) mas sempre com uma pitada de humor, realmente considero um achado ela.
Ps: Créditos ao Soren pela adaptação.
E isso ai pessoal, Amanha tem mais.
Valeu
Sério: sumam com elas.
Não me mostre minha personagem fazendo cair meteoros do céu e soltando magias que matam um demônio-dragão gigante de três cabeças que expele ácido muriático e depois me façam andar uma caverna inteira procurando uma chave pra abrir uma portinha de madeira que parece que pode ser derrubada com um vento forte. Que seja uma porta grande, uma porta mágica, beleza, mas não faça uma porta arbitrária que só abre com a chave certa porque é isso que o enredo do jogo pede.
Aliás, não me deixe com 500kg de explosivos na mão, 3 tipos de lança-mísseis e um canhão de fusão nuclear e ainda assim faça com que cada vidro no cenário seja virtualmente inquebrável. Era legal atirar latinhas deixadas em cima das mesas no Doom III. Mas daí eu atirava na revista que tava do lado e num acontecia nada, nem umamarca da bala. Façam ambientes que de fato reajam às ações da minha personagem! Isso também é imersão, seus filhos da puta!
Adaptado de forma marxdecuéhegeliana de: http://www.cracked.com/article_15748_ga
Achei esse texto em uma comunidade do orkut de nome, Marx de cu é Hegel lá eles debatem assuntos relevantes (as vezes) mas sempre com uma pitada de humor, realmente considero um achado ela.
Ps: Créditos ao Soren pela adaptação.
E isso ai pessoal, Amanha tem mais.
Valeu
2 comentários:
adorei esse texto, tem partes bem comedias mas q são coisas q acontecem mesmo e te deixam bem puto da vida auhuhuhahu
Sabia que tinha visto esse texto em algum lugar, kkkkkkkkkk deve ter sido nessa comu.
Muito maneiro esse texto. Po, essa comu tem muita coisa maneira. Gosto as avaliações filosóficas que os caras fazem de desenhos, filmes, etc.
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