Ida ao Detran (ou como gostaria de chamar "Uma viagem a terra sombria do Sistema Publico")

Ida ao Detran (ou como gostaria de chamar "Uma viagem a terra sombria do Sistema Publico")

Achei esse texto perdido em um dos meus cadernos. Escrevi ele a cerca de um ano para ser postado aqui no FO e não me lembro
porque não o fiz.Ele narra minha ida ao Detran para renovar a carteira de identidade e algumas reflexões que
tive no processo. Fiz algumas adaptações e correções nele. Então sem mais enrolação vamos ao texto:

Á alguns dias atrás,numa tarde calma, sai para ir ao Detran,a missão era renovar minha carteira de identidade já que recentemente fiz 18 anos. Peguei o busão e com relativa tranquilidade cheguei ao shopping onde se encontrava o dito cujo, entrei e comecei a procurar (não me lembrava bem onde era porque raramente passo próximo a ele), Subi as escadas e um poucoa frente vi uma aglomeração, na hora pensei: "Por favor não seja o Detran".Conforme ia andando, mantinha a minha fé, mas a verdade era inegável,lá estava o Detran. Agora tentem imaginar a seguinte cena: Vinte pessoas ou talvez um pouco mais formavam uma fila na parte de fora,la dentro estava entulhado de gente (a maioria em pé) e logo ao lado da fila externa tinham dois funcionários do Detran batendo papo e bebendo cafe, deviam estar na famosa "pausa para o cafezinho",afinal atender as pessoas que estavam lá,como pude ver mais tarde, era a ultima das prioridades.Agi Como todo bom Brasileiro e entrei na primeira fila, presumindo ser a certa,todos que já ficaram em alguma fila sabem que quando se fica bastante tempo nela você começa a observar as coisas ao redor: as pessoas, o lugar e etc, tudo para sair da monotonia. A primeira coisa que me chamou atenção foram vários papeis colados em praticamente todos os vidros que diziam mais ou menos o seguinte: A pena para desacato de um funcionário do estado é de dez anos de prisão.Imediatamente pensei em qual seria o objetivo de ressaltar essa lei tão obscura (mais tarde entendi o porque). Fui interrompido um pouco depois, quando as duas mulheres na minha frente começaram a falar um pouco mais alto, atraindo minha atenção.Para resumir a conversa das duas, uma estava tentando convencer a outra de que ela estava na fila certa, esse papo demorou cerca de dois minutos até que uma terceira mulher resolveu se juntar ao papo, detalhe ela estava na fila por um motivo completamente diferente das outras duas.Foi nessa hora que decidi não esperar a quarta pessoa se manifestar,entrei para me informar melhor. Me dirigi ao que mais tarde descobri ser uma espécie de triagem do Detran e perguntei onde e quais eram os requisitos para se renovar uma carteira de identidade, o funcionário, que estava falando com um amigo (talvez também do Detran), sem me responder diretamente,apontou uma fila de cadeiras ao meu lado. Pelo menos não vou ficar em pé-pensei,doce ilusão,as cadeiras estavam todas ocupadas, fiquei em pé numa fila de cerca de dezesseis pessoas, todas sentadas (pelo menos dessa vez sabia ser a fila certa). Ao contrário da primeira fila, nessa ninguém batia papo, todos,sem exceção, ficavam olhando para os guichés de atendimento.Logo minha sorte mudou quando a fila andou e vagou uma cadeira. Confesso que nessa espera não me entreguei a minha imaginação, mas sim, a um verdadeiro devaneio: primeiro sobre as pessoas lá fora, sera que já tinham se informado ou continuavam naquela fila sem proposito?; pensei também no desconforto que eram aquelas cadeiras e então comecei a teorizar sobre sistema de atendimento ao publico como um todo (mas minhas teorias vão ficar para o final,pois essa historia ainda não acabou). Depois de cerca de trinta á quarenta minutos de espera, descobri que essa não era a fila para o atendimento, mas sim para a foto. Tinha uma outra fila a frente e essa sim era para o atendimento. A parte da foto foi tranquila (isso achava antes de ir pegar a foto e ver a besteira feita pela mulher). No atendimento que a coisa complicou um pouco,logo apos confirmar meus dados cadastrais, a funcionaria pegou minha mão e colocou na maquina que lê digitais (sim essa tecnologia finalmente chegou no Brasil, não precisamos mais de tinta e papel), mas seria um pouco mais interessante se ela funciona-se,foram necessárias umas vinte tentativas (e milhares de outras reclamações da atendente) para a maquina conseguir ler minhas digitais. Depois disso para a fila de novo (dessa vez foram apenas trinta minutos de espera) para assinar o protocolo duas vezes e sair com um papel assinalando o dia da minha volta. Agora vamos a contagem final, demorei de duas a três horas, para tirar uma foto, escanear minhas digitais e assinar um papel, não seria mais fácil informar as pessoas que seria necessário levar uma foto (isso já ajudaria muito no tempo), aumentar o numero de guichés, assim como o de funcionários, treinando eles e exigindo um bom trabalho (logicamente fiscalizando se este realmente estão fazendo isso). Mas isso já é pedir de mais, afinal isso exigiria um comprometimento das pessoas, funcionários e todos que estivessem envolvidos no processo sem que esses não criassem complicações sem importância, o seja algo impossível e sem duvida um verdadeiro devaneio.

1 comentários:

Rafael disse...

uma viagem a terra sombria do sistema publico kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

realmente essa das filas é foda, nego n sabe pra q é e ja sai entrando sempre achando q é a certa e os outros sempre seguem a besta...

essa da super maquina de digital tb é outra furada, porra falha toda hora...

da foto nem se fala, eles tiram foto mal pra caramba, no meu caso mulher praticamente tirou mais foto do desenho da minha blusa do q do meu rosto.. e eles n aceitam mais foto levada (so digital tirada na hora mesmo)

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